sábado, 27 de novembro de 2010

27/11

Não que eu queira que você me esqueça ou se afaste de mim. Mas é que as coisas acabam se tornando tão complicadas que eu não sei até que ponto a nossa convivência se faz necessária. Quando eu digo para esquecer, é para esquecer o que faz sofrer : a dificuldade de estarmos juntas, de dar colo, de abraçar, de ouvir uma a outra sem que as paredes façam parte da conversa. Esquecer as pessoas que insistem em não entender o quanto você me faz bem, e o quanto eu gosto de estar na sua presença.
Eu diria que não tem problema, que quando a amizade é verdadeira ela não se abala com as dificuldades da vida. Mas é bastante difícil quando apenas uma pessoa luta para dar a volta por cima. O que quero dizer é que não adianta fechar a cara para o mundo e chorar a incompreensão das pessoas. O ser humano precisa aprender a ter atitudes diante daquilo que não o faz bem. E as vezes eu sinto que você espera demais que eu corra atrás, e que eu tenha a solução para todos os problemas. Não que eu me importe de correr atrás, e de me sacrificar ao máximo para lhe fazer bem. Você sabe que se fosse preciso, eu sairia da minha casa as três da manhã e correria para te dar um colo, se eu achasse que estivesse acontecendo algo de errado. O que eu me importo é de correr sozinha. Mas eu só me importo porque tenho muito medo. Medo de chegar em um ponto, tropeçar, cair, e não ter ninguém para me levantar. Ou nós aprendemos a andar juntas, ou nós aprendemos a viver na ausência uma da outra. Mas nunca se esqueça, que toda essa minha vontade de fazer que você se esqueça se deve ao amor, porque, " aprendi que amar não significa estar junto, mas sim querer ver a pessoa feliz, mesmo que isso custe a sua felicidade. ''

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