segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Movimento da Vida

Eu não sei se a vida é que vai rápida demais ou se sou eu que estou mais lenta. O que sei é que ando me atropelando nos próprios passos.
Eu resolvi desacelerar. Eu vou no rítmo que posso.
Não é fácil. É sabedoria que requer aprendizado! Eu quero aprender.
O descompasso é a causa de todo cansaço. O corpo é rápido, mas o coração não. O corpo anda no compasso da agenda. O coração anda é no compasso do amor miúdo. O corpo sobrevive de andares largos. O coração sobrevive de pequenos passos e de demoras. Eu já fui e voltei a inúmeros lugares e o coração nem saiu do lugar.
O mistério é saber reconciliar as partes. Conciliar um ritmo que seja bom para os dois.
Eu quero aprender. Não quero o martírio antes da hora. Quero é o direito de saborear o tempo como se fosse uma menina que perdeu a pressa. O show? Ah, deixa pra depois. A voz não morrerá. Acendemos as luzes noutra hora.
Há momentos em que a luz miúda nos revela muito mais que mil holofotes.
Chega de vida complicada. Eu preciso é de simplicidade!

( Padre Fábio de Melo )

sábado, 27 de novembro de 2010

27/11

Não que eu queira que você me esqueça ou se afaste de mim. Mas é que as coisas acabam se tornando tão complicadas que eu não sei até que ponto a nossa convivência se faz necessária. Quando eu digo para esquecer, é para esquecer o que faz sofrer : a dificuldade de estarmos juntas, de dar colo, de abraçar, de ouvir uma a outra sem que as paredes façam parte da conversa. Esquecer as pessoas que insistem em não entender o quanto você me faz bem, e o quanto eu gosto de estar na sua presença.
Eu diria que não tem problema, que quando a amizade é verdadeira ela não se abala com as dificuldades da vida. Mas é bastante difícil quando apenas uma pessoa luta para dar a volta por cima. O que quero dizer é que não adianta fechar a cara para o mundo e chorar a incompreensão das pessoas. O ser humano precisa aprender a ter atitudes diante daquilo que não o faz bem. E as vezes eu sinto que você espera demais que eu corra atrás, e que eu tenha a solução para todos os problemas. Não que eu me importe de correr atrás, e de me sacrificar ao máximo para lhe fazer bem. Você sabe que se fosse preciso, eu sairia da minha casa as três da manhã e correria para te dar um colo, se eu achasse que estivesse acontecendo algo de errado. O que eu me importo é de correr sozinha. Mas eu só me importo porque tenho muito medo. Medo de chegar em um ponto, tropeçar, cair, e não ter ninguém para me levantar. Ou nós aprendemos a andar juntas, ou nós aprendemos a viver na ausência uma da outra. Mas nunca se esqueça, que toda essa minha vontade de fazer que você se esqueça se deve ao amor, porque, " aprendi que amar não significa estar junto, mas sim querer ver a pessoa feliz, mesmo que isso custe a sua felicidade. ''

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sempre dando tudo o que tinha e carregando em suas costas todo o peso do mundo. Desperdiçando todas as poucas lágrimas que conseguira derramar ao derrubar seu muro de imunidade que a separava de seus próprios sentimentos e expondo-se exatamente da maneira que menos desejara. Entregando-se cada vez mais e, em cada uma dessas, perdendo um pouco de si. E seu coração que ainda sangra pouco a pouco, insistindo em pulsar, faz com que continue voltando para o que deveria se afastar.
Eles a destroem involuntariamente. Mas o que fazer se é deles que ela precisa? Precisa ter, precisa se afastar... Eles a absorvem de forma lenta, gradativa e involuntária. O inimigo está em você, oh, Querida! Você não é ruim, você não é uma má pessoa. Você só se culpa demais por ser inteira. E isso não quer dizer que necessita ser morna, porque o completo é o correto – ou é tudo ou é nada. Mas a culpa é que lhe destrói, a culpa por ter medo de machucar alguém. E, enquanto isso, eles a derrubam pouco a pouco.
Sempre a ponto de quebrar, ela não aprendera exatamente como expelir o veneno e usar de sua malícia para se proteger. E sempre lhe doera não obter retorno, mas receber demais a amedrontara inúmeras vezes desde que o medo de perder outra vez começara a lhe perseguir. E sempre odiara – oh, como odeia – perder o controle.
Seus muros erguidos novamente são instáveis. As feridas não se cicatrizam e tudo segue como um vício. É como a morfina que lhe acalma momentaneamente, mas logo tudo recomeça como um ciclo. A agonia e a dor. E quando tudo começa a se repetir, o anestésico lhe alarma, porque o medo se faz presente ao saber que durará pouco...
Entretanto, minha querida, deve lembrar-se sempre de que é forte o suficiente. É capaz e não deve martirizar-se pela fraqueza de outrem. Deve valorizar-se e não temer por todas as lágrimas e feridas não cicatrizadas. Nada posso eu lhe prometer, mas existem tantos sentidos para certas coisas! Ah, você sabe – se sabe!- regeneração, ressurreição e tantas palavras de renascimento... Um dia... Um dia você olhará para as cicatrizes e poderá, enfim, dizer a si mesma que aprendeu a se dar valor. A culpa não é sua por sentir, minha pequena. O amor tem dessas coisas, a amizade tem do amor... Triste é indiferença. No final, tenso mesmo é não sentir nada.

Bárbara Gusmão http://bahgusmao.blogspot.com/ 
Também,talvez seja por isso, que eu goste de altura, de me jogar assim desses precipícios da vida, leviana. Sem medo nenhum. Tô lá, tão alto, que quase ninguém me pega. Inalcançável.
- Ou quem sabe, que você seja assim, sozinha e intangível, por pura opção. Inconstante, e temperamental, feito a lua. Fica vendo as estrelas brilharem, e deixa passar, preocupada apenas com o íntimo próprio, sumindo às vezes, e reaparecendo cheia de luz, revigorada.
- Posso ser também, uma filha da lua, e uma amante do sol. Imagina, só...A descrição perfeita talvez.
- E onde fico eu, nisso tudo?
- Você é a minha estrela predileta. Cadente.

( Camila Praier )

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O teatro mágico é o teatro do nosso interior... 
a história que contamos todos os dias 
e ainda não nos demos conta... 
as escolhas que fazemos em busca dos melhores atos, 
dos melhores sabores, 
das melhores melodias e dos melhores personagens 
que nos compõem, 
as peças que encenamos e aquelas que nos encerram... 
... nosso roteiro imaginário é a maneira improvisada 
de viver a vida... 
de sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relançar 
as idéias, 
o teatro nosso de cada dia... 
E com o passar do tempo a gente aprende a se contentar com o que tem. A gente aprende que nem sempre as pessoas vão fazer como queríamos que elas fizessem, e que ninguém faz por nós aquilo que fazemos por eles. Se a gente não aprende por bem, a gente aprende por mau. Porque a vida é assim... Da mesma forma que ela nos dá as melhores coisas, as melhores pessoas, os melhores amigos, ela nos dá os piores momentos, as piores dores, e os mais confusos sentimentos.
A realidade é que a gente precisa ter coragem suficiente pra largar mão de algumas coisas. Quando digo coisas me refiro a certos sentimentos e a certas pessoas que insistem em nos atormentar. Sei o quanto é difícil lutarmos contra o nosso coração, mas as vezes é necessário que deixemos ele calar. Ou quem sabe até deixar que ele trabalhe junto com a mente.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

"Não me deixe só,eu tenho medo do escuro, eu tenho medo do inseguro, dos fantasmas da minha voz... ♪ "

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Depois de algum tempo, é o silêncio que tira o sono. Porque no silêncio, quando não há bichos soltos do lado de fora, os bichos que moram dentro começam a uivar. O bom do barulho da cidade é que ele abafa os barulhos dos bichos da alma. ( Rubem Alves )

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cuida de mim...

"Pra falar verdade, às vezes minto, tentando ser metade do inteiro que eu sinto. Pra dizer as vezes que às vezes não digo. Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo. Tanto faz não satisfaz o que preciso.Além do mais, quem busca nunca é indeciso, eu busquei quem sou.Você, pra mim, mostrou...Que eu não sou sozinho nesse mundo. Cuida de mim enquanto não esqueço de você, cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.Cuida de mim enquanto não me esqueço de você. Cuida de mim enquanto finjo, enquanto finjo, enquanto fujo."

sábado, 6 de novembro de 2010

Eu me encontrava inerte. Nada podia fazer. Era como se o mundo estivesse girando e eu não fizesse parte dele. Não tinha nada pior que aquilo. Eu me sentia inútil, triste e vazia. Faltava algo. Algo que preenchesse todo o vazio que insistia em fazer parte de mim. Sentia que tudo era em vão. Era como correr e não sair do lugar, falar e ser ignorada, chorar, enquanto as pessoas ao meu redor sorriam.
Eu sei que envolve uma complexidade de sentimentos. Mas é nessa complexidade que eu vivo.
Sabe aquela sensação de que a alma se separa do corpo ? Era exatamente isso. Minha alma se separava discretamente, de forma que não fosse notada. E meu corpo ? Permanecia ali, sem vida.

Eu juro que eu queria sentir todo aquele amor que me consumia há um tempo atrás, mas é como se tudo tivesse se tornando cada vez pior. Pode ser que eu não esteja tendo a persistência necessária, mas é que dói muito tentar ir pra frente, quando tudo te puxa pra trás. Eu até queria "conversar", mas da mesma forma que não sei definir tudo que está dentro de mim, não consigo mais me abrir. É como se eu tivesse medo de arriscar, de me entregar,de abrir meu coração. Mas é um medo diferente ! Eu me paraliso. Fico inerte, sem reação. As vezes eu acho que meu maior medo é de ir me afundando cada vez mais ao ponto de chegar numa profundidade em que eu não consiga mais voltar para a superfície.
Eu sei, que tem muita gente passando por problemas mais complicados. E é por isso que eu coloco o sorriso na cara e tento seguir do jeito que está. Porque eu sei que tem gente que precisa de mim. E de certa forma eu me sinto mais preenchida quando vejo que estou conseguindo dar aos outros o que tanto me falta, a felicidade verdadeira.
Constantemente sinto que o que me falta é a presença de algumas pessoas que por algum motivo me traziam uma felicidade infinita. Mais parece que Deus as mandou para tão longe que a única coisa que me resta é conviver com a ausência delas. E te confesso, chegou a um ponto do meu tormento, que se tornou mais fácil seguir sem certas pessoas. Mais como as coisas nunca podem ser fáceis, quando eu alcancei a graça de me conformar com a ausência, foi como se Deus trouxesse essas pessoas de volta, mas acompanhadas de sentimentos e vontades que me fariam sofrer muito – imagino que vai ser meio difícil compreender,mas é mais ou menos isso -
Tenho tentado confiar, tenho tentado esperar. Mas, por mais que eu saiba que eu nãos estou, me sinto sozinha e vazia. E a vontade de desistir de tudo prevalece de uma forma incontrolável.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010



"Quanto tempo faz, e
u já nem me lembro mais... 
Só deitava em teu colo, e me sentia mais capaz. Quanta estrada foi, que andamos nesta vida 
De abraços e encontros 
De chegadas e partidas... 
Não existe amor maior, que a coragem de dizer, q
ue um dia, se preciso for, d
ou minha vida por você! 
Amigo a gente guarda, m
esmo que haja falhas, q
uando Deus constrói um laço, o
 amor jamais acaba...
Eu te trago em meu peito, p
or amor e por direito, m
esmo que você jamais s
aiba o preço deste amor! 
Eu sinto a sua falta! 
Não é tarde pra dizer, q
ue eu preciso de você..."